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Dicas para uma experiência de parto positiva

Aqui ficam 5 dicas para te ajudar a ter uma experiência de parto mais positiva e tranquila.

1- Aumenta a confiança
No parto, o medo aumenta envia mensagens de perigo para o corpo e este processo atrapalha o nascimento do teu bebé.

O medo aumenta o tempo de trabalho de parto, porque os teus músculos ficam tensos. Por outro lado, reduz o fluxo sanguíneo, tornando o parto mais demorado e doloroso.
Quando aumentas a tua confiança, reduzes o medo e relaxas. E isto facilita todo o processo e ajuda-te a ter um parto muito mais calmo e, obviamente mais confortável.

2- Aprende a evitar a tensão
Se estiveres tensa, gerir a dor é sempre mais difícil!
Relaxamento, respiração e visualização são habilidades naturais de controle da dor que ajudam a lidar com o incómodo físico.

Durante a gravidez, aprende a concentrar-te na respiração e a deixar as preocupações. Este processo ajuda-te a relaxar conscientemente cada músculo do seu corpo. Nas últimas semanas, habitua-te a praticar regularmente estes exercícios. Fecha os olhos, concentra-te na respiração, relaxa cada músculo do teu corpo conscientemente e visualiza o teu parto ideal.

Quanto mais praticares, mais fácil será concentrares-te durante o parto.

3-Acredita em ti e na sabedoria do seu corpo
A gravidez não é uma doença e as mulheres sabem fazer nascer há milhares de anos. Isto, porque o teu corpo está perfeitamente concebido para o fazer de forma natural. No entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.
Informa-te, aprende como tudo se processa para desenvolveres confiança em ti, no teu corpo e no teu bebé. Vê filmes de nascimentos bonitos ou lê relatos de partos positivos. Tudo isto ajudará a aumentar a confiança na sabedoria milenar do teu corpo e ter um parto mais tranquilo.

O teu corpo está perfeitamente concebido para parir, no entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.

4- Prepara o teu companheiro de parto
Sim, tu farás a maior parte do trabalho, mas não subestimes o apoio de quem te acompanha. Quanto mais informado(a) estiver o teu parceiro(a) de parto, mais te poderá ajudar e participar ativamente no parto. Certifica-te de que o teu companheiro compreende todos os estados, físicos e emocionais, do trabalho de parto. Ajuda-o a preparar-se para te acompanhar e apoiar.
Confia no seu apoio, informa-o das tuas preferências e prepara-o para que seja o guardião das melhores condições de parto. Será também o elo de ligação com a equipa médica para que nada te perturbe.
Juntos são uma equipa!

5- Aprende, prepara-te, pratica e aplica
Evita ser uma mãe passiva e toma as rédeas da situação. Prepara-te, por exemplo com os exercícios de auto-hipnose que te ajudam a relaxar e a concentrar durante o parto. Investe num curso de preparação para o parto onde aprenderás como tudo se vai processar ou numa doula que te irá preparar e apoiar. Em resumo, rodeia-te de uma equipe de profissionais que te ajudem e respeitem.

Se te fizer sentido, escolhe um acompanhamento e pratica o Hypnobirthing que te preparará para ter uma experiência de parto positiva.

E não esqueças que a tranquilidade e boa disposição ajudam à produção de Ocitocina, a hormona mais desejada no parto.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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No parto uma contração só dura um minuto
Gravidez positiva desde as primeiras semanas

Uma gravidez positiva é essencial e as palavras têm um poder muito grande. Eduque a sua mente para garantir uma gravidez positiva, logo desde as primeiras semanas.

“Uma imagem vale por mil palavras”
Rodeie-se de imagens e mensagens positivas

Assim, sempre que possível, rodeie-se de imagens e mensagens positivas à sua volta. Utilize pequenos apontamentos que lhe lembrem que tudo está bem e que o seu corpo é o lugar perfeito para o seu bebé.

Estas afirmações acompanham a sua gravidez e são uma ajuda para algum tema que lhe interesse. Por exemplo, se o seu bebé ainda não está na posição mais usual, faça uma afirmação com a seguinte frase: “O meu bebé está na posição perfeita para o nascimento” e afixe-a num sítio bem visível.

Outro exemplo: se tem receio que o bebé nasça prematuro, imprima a afirmação correspondente ou desenhe a sua afirmação com a frase: “O meu bebé está protegido e sabe qual a altura perfeita para nascer.”

Pode imprimir algumas destas afirmações ou personalizá-las de acordo com as suas expectativas. Ou então, desenhe-as em cartões bonitos e coloque-os em sítios visíveis no dia-a-dia.

No parto uma contração só dura um minuto

Gosto, particularmente, da afirmação: “É só um minuto, eu consigo”, que aconselho a levar para o hospital e a colocar num sítio bem visível.

Sempre que as vê, lembre-se de respirar fundo, inspirando calma e tranquilidade e expirando as eventuais tensões.

Reserve diariamente um tempo para si para relaxar tranquilamente ouvindo uma meditação positiva.
Encontra aqui um áudio gratuito com afirmações positivas para gravidez.

O seu corpo, a sua mente e o seu bebé agradecem!

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Medo do parto, a Tocofobia

O medo do parto, a Tocofobia, é muito mais de que um simples medo. É um distúrbio que afeta 14% das mulheres e foi formalmente reconhecido em 2000. Trata-se de uma fobia real e séria, que transtorna as mulheres e é ainda desconhecida e desvalorizada, inclusive por outras mães.

Perceciona a gravidez como uma ameaça

De acordo com um estudo no Industrial Psychiatry Journal publicado em 2000, a Tocofobia pode afetar tanto mulheres que nunca estiveram grávidas como mulheres que já passaram por um parto traumático anteriormente.
E também a depressão pré-natal, abortos espontâneos e outros problemas obstétricos também podem desencadear a Tocofobia.

Aparece como um dos principais fatores de desenvolvimento de perturbações psicológicas na grávida e mostra uma tendência no aumento dos sintomas ao longo da gravidez.

Neste processo, a grávida percepciona a gravidez como uma fase de ameaça. Na sua interpretação, o parto é o ponto alto da ameaça e o pós-parto a fase de recuperação.

Kate, um grávida entrevistada a este respeito no programa de televisão “Call the Misdwife”, aceitou ajuda. Recorda-se de que sempre teve aversão à gravidez, assim como acontece muitas mulheres com Tocofobia.
“Quando eu vi o teste de gravidez positivo, uma parte de mim estava feliz mas a outra ficou aterrorizada. Para ser honesta, o pânico dominou-me quase instantaneamente” afirmou Kate.


“Tocòs = parto” e “Fobos = medo” –

E foi piorando com o decorrer da gravidez, sempre com muita ansiedade e muitos medos. “Quanto mais avançava, menos acreditava que conseguia fazer sair o bebé de dentro de mim. Nem conseguia imaginar, chegava mesmo a pensar e a sonhar que íamos morrer as duas no parto” lembra Kate.
Recorda-se que, numa consulta pré-natal , logo às 16 semanas pediu para fazer uma Cesariana pois nem concebia a ideia de um parto vaginal. Acreditava que não conseguiria passar por isso. Morria de medo só de pensar em hospitais, de pessoas a tocarem-na, de sangue, agulhas…

Após perceber que tinha Tocofobia, fez terapia cognitivo-comportamental e aprendeu a lidar com o distúrbio. À luz da sua realidade, optou por fazer uma cesariana porque o medo era extremo e acredita que foi a melhor decisão que tomou.

Sintomas da Tocofobia

– Pesadelos recorrentes

– Hiperventilação

– Suores e tremores

– Ataques de pânico e ansiedade

– Choro frequente e recorrente

– Náuseas e vómitos

– Pensamentos sobre a morte

2 tipos de Tocofobia

-Tocofobia primária: precede a gravidez e pode atrasar ou evitar a sua decisão de ter filhos.

-Tocofobia secundária: a partir de uma experiência de parto traumática.

Um dos maiores problemas da Tocofobia é o estigma

Todos esperam que esteja muito feliz quando está grávida, a planear um parto fantástico com velas e aromaterapia. Espera-se uma grávida com um brilho especial num período maravilhoso da vida dela.
Mas há quem não sinta nada disto.
A mãe com Tocofobia sente-se um fracasso. “Eu não me sentia capaz nem quis fazer nenhum dos rituais habituais da gravidez. Foi um problema porque as pessoas não conseguiam compreender porque não andava nas nuvens como era suposto” afirma Kate.

O seu conselho para outras mulheres com Tocofobia: “Conversem com alguém, seja médico ou terapeuta, mas falem! As piores 17 semanas da minha vida foram as semanas antes de ter ajuda. Após falar da situação, senti um grande alívio. Finalmente havia uma explicação e alguém que me entendia em vez de me sentir como uma louca” reforçou.

De acordo com esta perspectiva, quanto mais informação tem, mais capaz se sente a grávida em buscar ajuda e tomar decisões ajustadas ás suas necessidades. O conhecimento traz-lhe a confiança de poder escolher a melhor opção para o seu caso pessoal.

A confiança ajudam-na a lidar com o estigma e desvalorização da Tocofobia e a estar segura nas suas escolhas.


Artigo de 2000 no British Journal of Psychiatry  – https://www.cambridge.org/core/journals/the-british-journal-of-psychiatry/article/tokophobia-an-unreasoning-dread-of-childbirth/492B8EB19D16A2BD455E6BE7539564C9

Suporte contínuo para mulheres durante o parto – https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003766.pub6/full

Hiperêmese gravídica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/anormalidades-na-gesta%C3%A7%C3%A3o/hiper%C3%AAmese-grav%C3%ADdica

Fonte da imagem: site parents.com

Dicas para preparar o pai para o parto.

Num parto por Hypnobirthing, o papel do pai ou parceiro de nascimento é fundamental para um nascimento harmonioso.
Aqui ficam algumas dicas para preparar o pai para o parto:

1 – Acordar antecipadamente o que a mãe gostaria que faça (e NÃO faça) durante o parto. Assim, analisem em conjunto o plano de parto. Isto permite entender o que a mãe quer, e não quer, em termos de intervenção e alívio da dor.

2 – Fale sobre qualquer medo ou preocupação que tenha sobre o nascimento, ou com a sua companheira ou com um amigo. Certamente, depois de abordar as suas preocupações, estará mais tranquilo para o parto.

3 – Durante a parte mais séria do trabalho de parto, crie e mantenha o ambiente certo. Minimize os estímulos sensoriais ( luzes, pessoas, barulhos). Quanto menos estímulos a mãe tiver, melhor a mãe poderá relaxar e focar-se.

Proteção, respiração, movimento

4 – Evite que a mãe se sinta observada. Porque, quando se sente observada é mais difícil relaxar completamente (imagine como se sentiria tendo alguém presente quando vai à casa de banho por exemplo).5 – Incentive-a a respirar calma e ritmicamente em cada onda uterina

6 – Ajude-a no processo de visualização entre as contrações dizendo frases simples. Relembre-a de memórias felizes ou lugares que visitaram… Este ajuda deve ser discutida com antecedência para que seja de comum acordo

7 – Incentive-a a movimentar-se e encontrar posições confortáveis. Se ela gostar e tiver sido combinado, faça-lhe uma massagem nas costas e na cabeça (se ela lhe pedir, pare, e não se ofenda!)

Presente com subtileza

8 – Não lhe faça muitas perguntas. Tente perceber ou antecipar o que quer, por exemplo, dê-lhe água, em vez de perguntar se ela quer beber alguma coisa.

9 – Esteja totalmente presente para a ouvir e apoiar – Não a julgue nem leve nada a mal. É natural que a mãe possa agir de forma estranha ou dizer coisas que normalmente não diria.

Confiança e assertividade

10- Esteja confiante e seja assertivo com a equipe médica, você é o porta-voz da sua companheira e tem o direito a pedir o que é importante para ela.

11 – Se a mãe começar a duvidar de si mesma, continue a incentivá-la ainda mais, dizendo que confia nela e que já falta pouco para conhecerem o vosso bebé.

12 – Beba bastantes líquidos e coma bem para manter a sua própria força, a sua companheira precisa de si em forma

E, sobretudo, demonstre-lhe todo o seu amor e confiança!

Como funciona uma sessão de hipnoterapia

Nalguns acompanhamentos, é necessário fazer uma sessão de hipnoterapia, ajustada à gravidez. Como há alguns mitos sobre hipnose, deixo aqui uma explicação de como funciona uma sessão de hipnoterapia.

Cada pessoa é única e cada sessão é diferente. Assim, as técnicas utilizadas diferem de pessoa para pessoa, consoante o tema a tratar. No entanto, a estrutura de uma sessão passa, normalmente por estas fases:

1-Anamnese:
A primeira sessão começa com uma conversa prévia para identificar o tema a trabalhar . Todas estas informações permitem ao terapeuta perceber a situação e organizar a sessão e, eventualmente, reestruturá-la.

2-Relaxamento:
O paciente instala-se confortavelmente e inicia-se o processo de relaxamento. Este, permite atingir um estado de calma e tranquilidade que vão leva à sua total atenção.

3-Aprofundamento:
O processo de aprofundamento do relaxamento serve para apaziguar o filtro crítico da mente consciente. E também preparar a comunicação com o inconsciente. O estado de relaxamento permite aceder e observar os assuntos a trabalhar, com uma nova visão. Isto, com o objetivo de provocar as mudanças que se pretendem.

4-Terapia:
Neste estado de completo relaxamento, inicia-se a terapia trabalhando a questão que motivou a sessão. Assim, novas ideias e “sugestões”, combinadas com o paciente antes de iniciar a hipnose, são então trabalhadas ao nível do inconsciente, com a finalidade de efetuar as mudanças pretendidas.

5-Regresso:
O paciente regressa, lentamente e tranquilamente, ao seu estado consciente. E a sessão termina com a conversa final com a finalidade de concluir a sessão.

Por fim, após uma sessão, apesar de estar acordada, a maioria das pessoas sente-se revigorada, como se tivesse dormido e descansado algumas horas.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem- fonte: healthyrootsmedicine.com