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Quais músicas escolher para te acompanhar no parto

Quais as músicas que deves escolher para te acompanhar no parto? Todas as músicas emocionais, que te transportam para uma emoção de alegria e satisfação.


E desengana-te se pensas que só deves levar músicas “zen” muito calminhas. Escolhe músicas que “mexem” contigo e te dão prazer, independentemente do ritmo. Até porque vai saber-te bem ouvir vários ritmos de acordo com a fase do parto em que estás.

Aqui ficam algumas músicas que as mães que acompanho usaram para receber os seus bebés. São escolhas das mães e lembro que a escolha da música è algo muito pessoal e de acordo com o que te faz sentir bem.
– Alexia Chellun | The Power Is Here Now
-Carolina Deslandes – A Vida Toda
– Isadora Canto – Reconhecimento
– Isadora Canto – Nascer
– Canto com Gestantes – Música “Gestando a vida”
– Heritage of Queens and Kings

Dicas para uma experiência de parto positiva

Aqui ficam 5 dicas para te ajudar a ter uma experiência de parto mais positiva e tranquila.

1- Aumenta a confiança
No parto, o medo aumenta envia mensagens de perigo para o corpo e este processo atrapalha o nascimento do teu bebé.

O medo aumenta o tempo de trabalho de parto, porque os teus músculos ficam tensos. Por outro lado, reduz o fluxo sanguíneo, tornando o parto mais demorado e doloroso.
Quando aumentas a tua confiança, reduzes o medo e relaxas. E isto facilita todo o processo e ajuda-te a ter um parto muito mais calmo e, obviamente mais confortável.

2- Aprende a evitar a tensão
Se estiveres tensa, gerir a dor é sempre mais difícil!
Relaxamento, respiração e visualização são habilidades naturais de controle da dor que ajudam a lidar com o incómodo físico.

Durante a gravidez, aprende a concentrar-te na respiração e a deixar as preocupações. Este processo ajuda-te a relaxar conscientemente cada músculo do seu corpo. Nas últimas semanas, habitua-te a praticar regularmente estes exercícios. Fecha os olhos, concentra-te na respiração, relaxa cada músculo do teu corpo conscientemente e visualiza o teu parto ideal.

Quanto mais praticares, mais fácil será concentrares-te durante o parto.

3-Acredita em ti e na sabedoria do seu corpo
A gravidez não é uma doença e as mulheres sabem fazer nascer há milhares de anos. Isto, porque o teu corpo está perfeitamente concebido para o fazer de forma natural. No entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.
Informa-te, aprende como tudo se processa para desenvolveres confiança em ti, no teu corpo e no teu bebé. Vê filmes de nascimentos bonitos ou lê relatos de partos positivos. Tudo isto ajudará a aumentar a confiança na sabedoria milenar do teu corpo e ter um parto mais tranquilo.

O teu corpo está perfeitamente concebido para parir, no entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.

4- Prepara o teu companheiro de parto
Sim, tu farás a maior parte do trabalho, mas não subestimes o apoio de quem te acompanha. Quanto mais informado(a) estiver o teu parceiro(a) de parto, mais te poderá ajudar e participar ativamente no parto. Certifica-te de que o teu companheiro compreende todos os estados, físicos e emocionais, do trabalho de parto. Ajuda-o a preparar-se para te acompanhar e apoiar.
Confia no seu apoio, informa-o das tuas preferências e prepara-o para que seja o guardião das melhores condições de parto. Será também o elo de ligação com a equipa médica para que nada te perturbe.
Juntos são uma equipa!

5- Aprende, prepara-te, pratica e aplica
Evita ser uma mãe passiva e toma as rédeas da situação. Prepara-te, por exemplo com os exercícios de auto-hipnose que te ajudam a relaxar e a concentrar durante o parto. Investe num curso de preparação para o parto onde aprenderás como tudo se vai processar ou numa doula que te irá preparar e apoiar. Em resumo, rodeia-te de uma equipe de profissionais que te ajudem e respeitem.

Se te fizer sentido, escolhe um acompanhamento e pratica o Hypnobirthing que te preparará para ter uma experiência de parto positiva.

E não esqueças que a tranquilidade e boa disposição ajudam à produção de Ocitocina, a hormona mais desejada no parto.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Parto poderoso
O parto não tem de ser sinónimo de sofrimento

“O parto é um momento poderoso e intenso mas não tem se ser sinónimo de sofrimento”. Esta é uma frase que digo imensas vezes às grávidas que acompanho e na qual acredito profundamente. Os testemunhos das mães Hypnobirthing também a confirma.

Quase sempre, no início da conversa, recebo olhares de descrédito por parte da maioria de muitas grávidas.
É natural, pois nós mulheres crescemos a acreditar no contrário. Resignamo-nos à ideia de que o sofrimento é a única forma de fazer nascer um filho.

Quando me é dada a oportunidade de explicar como funciona o Hypnobirthing, vejo aparecer aquele brilho nos olhos de quem percebe a razão. Vejo aquela pequena luz de esperança de quem começa a questionar as crenças de sofrimento, enraizadas há tento tempo.

Parto poderoso

Adoro ver aquele brilho no olhar. Como se fosse uma pequena luz ao fundo do túnel.

Começam por colocar algumas perguntas, para entender o conceito e, devagarinho, vai fazendo mais sentido.

Aí, revejo-me em todas elas, quando percebi REALMENTE o que era o Hypnobirthing e porque é que funcionava.

Tão Simples!

É tão simples e faz tanto sentido que é quase inacreditável!
Como aquelas invenções em que pensamos: “é tão simples, como é que ninguém se tenha lembrado disto?

Realmente, quando questionamos e entendemos o conceito é o que acontece. Mas, para isso, há que ter interesse, perguntar porquê ou como.

A ideia de um parto doloroso está tão enraizada na sociedade moderna que muitas mulheres nem se questionam sobre a razão. Apenas aceitam, com total resignação.

E isto é preocupante porque, tal como demonstrou o pediatra Michel Odent, a forma de trazer um bebé ao mundo vai influenciar toda a sua vida. E, na maioria das vezes, é através de grande sofrimento e aflição que trazemos os nosso filhos ao mundo.

Foi uma experiência traumática de parto que me levou pelo caminho do Hypnobirthing, exatamente porque não me fazia sentido tanto sofrimento para algo tão bonito como ter um filho.

Tinha de haver outra forma…

E passados alguns anos e muito estudo, consigo ajudar as grávidas com quem trabalho. Digo, a cada uma delas, a mesma frase e explico o porquê. E, quando entendem, faz-lhes sentido, tal como me fez a mim quando conheci o Hypnobirthing.

Mas para isso, é preciso que queiram mesmo saber, que queiram mesmo perceber e que queiram mesmo ter um parto bonito e poderoso.
Ainda há tantas mulheres resignadas com o sofrimento que nem acreditam que é possível, o que é preocupante.

Principalmente por saber que as emoções associadas a um dos, senão ao dia mais importante das suas vidas, serão emoções ligadas ao sofrimento.

Há sempre as eternas frases “doeu muito mas valeu a pena” ou “dores paridas são dores esquecidas”.

Mas não, o sofrimento não se esquece e ficam lá as marcas. E bem vejo essas marcas nas mães de segunda viagem que acompanho. A experiência traumática do primeiro parto está lá bem guardadinha. E, talvez por isso, procuram outra forma de vivenciar a sua segunda experiência.

Bem sei que o amor que temos por um filho é maior de que todo o sofrimento mas questiono: como seria essa experiência se retirássemos o trauma do sofrimento?
Se apenas uma mulher parar para refletir sobre estas palavras, já terá valido a pena escrevê-las. Porque acredito que o nascimento de um filho é uma experiência única e sublime e deve ser vivida em harmonia.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Fonte da imagem: oldtownhypnotherapy.co.uk

7 dicas para um final de gravidez calmo

A ansiedade pode ser prejudicial para a mãe, para o bebé e para o trabalho de parto. Aqui ficam 7 dicas para ter um final de gravidez mais calmo e sereno.

Nas últimas semanas de gravidez, o tamanho da barriguinha pode dificultar o sono e os movimentos. É natural que se sinta mais pesada e cansada. Decerto, poderá sentir-se com menos paciência e começar a questionar -se sobre o parto. Se juntarmos o nervosismo natural de não saber quando e como será o nascimento, tudo isto pode levar a um estado de ansiedade, muito usual nesta fase de gravidez.

Como sabe, sentir-se ansiosa não é, de todo, o estado mais indicado para a gravidez. Está, inclusive, demonstrado que a prejudica o trabalho de parto. A ansiedade leva à produção de hormonas incompatíveis com as hormonas do nascimento.

Aqui ficam 7 dicas simples para a ajudar a combater a ansiedade Pré-parto com algumas técnicas do curso Hypnobirthing7:

1- Respire

Inspire profundamente pelo boca e expire longamente e lentamente pelo nariz até se sentir mais calma.

2- Rodeie-se de positividade

Veja filmes sobre nascimentos positivos, leia histórias de partos tranquilos… Assim, proteja-se e evite todos os comentários ou histórias negativas.

3- Medite

Não precisa de muito tempo, basta parar uns minutos. Feche os olhos, respire profundamente e imagine um sítio bem bonito e tranquilo (a sua praia favorita, o campo, um jardim…) Imagine-o com todos os pormenores e sinta-se verdadeiramente lá. Surpreendentemente vai ver que acalma logo.

4- Visualize o seu parto ideal

Feche os olhos e imagine o seu parto ideal, bem tranquilo, confortável e com muitos pormenores positivos.

5- Conecte-se com o seu bebé

Quantas vezes já imaginou o seu bebé durante a gravidez? Muitas certamente.
Então, visualize-o dentro da sua barriga e imagine que pode falar com ele. Indique-lhe que tipo de parto gostaria de ter, pedindo-lhe a sua colaboração, como se fossem uma equipa (que são!).

6- Descanse muito

Por vezes a ansiedade prende-se com o cansaço. Apesar de sabermos que a gravidez não é doença, pode trazer pequenos desconfortos associados. Permita-se parar, descansar, recolher-se… sem sentimento de culpa, e sempre que tem vontade.

7- Ofereça-se momentos de prazer

Sabe aquele filme que já viu 10 vezes e continua a fazê-la sorrir? Aquela música que lhe aquece o coração. Aquela comida que a conforta ou aquele doce de que tanto gosta?
Permita-se estes, e outros, pequenos prazeres. Irá ficar mais satisfeita e, sobretudo, estará a criar um estado de prazer que ajuda à produção de Ocitocina. Recorde-se que esta é a hormona que será a sua grande aliada durante o parto.
Ah e namore… namore muito !

Porque, quando está tranquila e relaxada, o seu bebé também está.

Imagem Google

O que diz a ciência sobre o Hypnobirthing

O Hypnobirthing já foi testado e analisado pelos mais diversos meios. Analisamos a eficácio do Hipnoparto à luz das evidências científicas e aqui ficam alguns artigos e estudos publicados, resumindo o que diz a ciência sobre o Hypnobirthing.

O Hypnobirthing assenta na compreensão do ciclo medo-tensão-dor e na premissa de retirar o medo e ansiedade do parto. Graves (2013) demonstra que promove um parto mais calmo, fácil e confortável porque a dor associada ao trabalho de parto é consideravelmente inferior . Os estudos realizados (Graves, 2013) para compreender o impacto do Hypnobirthing no trabalho de parto demonstram benefícios na utilização do método.


Redução do tempo e alívio da dor

Abassi (2009) concluiu que o Hypnobirthing reduz a duração do trabalho de parto e aumenta o alívio da dor, com registo de uma média de dor máxima de 5.8 na escala numérica da dor. Um estudo mais recente (Einion, 2016) reforça que a preparação com hipnose pré-natal resultou num uso significativamente menor de sedativos, analgesia e anestesia regional durante o trabalho de parto.

Foi realizado um estudo para entender a intervenção do Hypnobirthing no alívio da dor no trabalho de parto (Finlayson, 2015), que analisou 343 mulheres, selecionadas aleatoriamente. O estudo consistia em duas sessões de acompanhamento pré-natal com auto-hipnose e um CD de apoio que as mulheres ouviam diariamente até ao parto. Foram depois entrevistadas 8 a 12 semanas após o nascimento e a maioria das mulheres relatou experiências positivas da auto-hipnose, destacando sentimentos de calma, confiança e capacitação. Assim, afirmaram que era benéfico durante o trabalho de parto.

Ferreira (2016) comprovou através de tomografia axial computorizada que existe uma diminuição da atividade neural entre o córtex sensorial e a amígdala durante o estado hipnótico, o que aparentemente está relacionado com a interpretação emocional de sensações como a dor. A menor perceção de dor leva a uma menor solicitação de analgesia no trabalho de parto como já o demonstrou, em 2004, uma meta-análise realizada por Cyna et al (2004). Em 2011 foi feito um estudo no Hospital Colchester (Jones, 2016) que concluiu que 59% das mulheres não precisaram de qualquer analgesia e 55% das grávidas tiveram o bebé em menos de 6 horas. Por isso o estudo concluiu que, em mães de primeira viagem, o trabalho de parto passa de 9,3 horas (sem Hypnobirthing) para 6,4 horas (com Hypnobirthing), em média. Nas outras mães passa de 6,2 horas para 5,3 horas, em média.
Resultou também em níveis de Apgar neonatais mais altos.

Também diminuiu a taxa de cesariana e regista uma maior prevalência do parto eutócito. Consequentemente verifica-se a diminuição do uso de analgesia farmacológica, principalmente o recurso a analgesia Epidural e experiências de trabalho de parto mais satisfatórias e gratificantes porque a mulher sente-se mais confiante e relaxada, mais focada e em controlo, isto porque tem menos medos relativamente ao trabalho de parto.


Melhora o resultado obstétrico e facilita o parto

Já em 2004, foi feito um estudo para determinar se a hipnose pré-natal poderia facilitar o parto (Mehl-Madrona 2004). 520 mulheres grávidas foram escolhidas. Metade recebeu hipnose pré-natal, semelhante à ensinada por David Cheeek. A outra metade não recebeu.

O objetivo era reduzir o medo do nascimento e da paternidade; reduzir a ansiedade; reduzir o stress; identificar medos específicos que podem complicar o processo de parto e preparar as mulheres para a experiência do parto.
Assim, as mulheres que receberam hipnose pré-natal tiveram resultados significativamente melhores do que as que não receberam. Uma avaliação posterior sugeriu que a hipnose funcionava evitando que fatores emocionais negativos levassem a um desfecho complicado do parto. Conclui-se que o uso rotineiro da hipnose no pré-natal pode melhorar os resultados obstétricos.


Menos analgesia e administração de Ocitocina

O estudo apresentado por Field (2008) cita que a hipnose “demonstrou efetivamente fornecer ansiólise e analgesia numa variedade de configurações clínicas e laboratoriais, e é fácil de administrar. Revisões sistemáticas das evidências até o momento sugerem benefícios em: reduzir as necessidades de analgesia; reduzir a incidência da administração de ocitocina; e aumentando a incidência de parto vaginal espontâneo.”

Realizou-se um estudo exploratório que comparou os resultados do parto num grupo de mulheres que escolheram preparação de hipnose no pré-parto e outro que não o fizeram. De salientar que os grupos eram demograficamente semelhantes. A utilização de técnicas de hipnose durante a gravidez, resultou num uso significativamente menor de sedativos e analgesia durante o trabalho de parto. 51% das participantes não usaram qualquer tipo de analgesia e relataram o nível máximo de dor de 5,8 numa escala de 10. Segundo Field (2008), demonstrou-se a redução de analgesia Epidural, assim como uma classificação da dor inferior, bem como redução da ansiedade, do medo e de complicações do parto.


Menos necessidade de intervenções e Cesariana

A taxa de Cesariana varia entre 5 a 8% nos partos por Hypnobirthing, em comparação com a taxa nacional de 36%.
Segundo a apresentação realizada em 2012 pelo Royal Wolverhampton Hospitals, também afeta as taxas de Cesariana: Cesariana de emergência: menos 11%- População geral do estudo (15%) e mães Hypnobirthing (4%) (Royal Wolverhampton Hospitals, 2012)
Cesariana eletiva: menos 6%- População geral do estudo (10%) e mães Hypnobirtning (4%) (Royal Wolverhampton Hospitals, 2012 )

84 a 99% dos partos por Hypnobirthing não tiveram necessidade de qualquer intervenção. Mais incidência em parto vaginal: População em geral (64%)- Mães Hypnobirthing (84%)- (Royal Wolverhampton Hospitals, 2012)


Menos ansiedade e mais concentração

O estudo de Abbasi (2009) descreve o efeito da hipnose sobre o alívio da dor durante o trabalho de parto. Assim, usando uma abordagem qualitativa, mulheres grávidas foram treinadas para usar a auto-hipnose para o parto. As mulheres descreveram seus sentimentos sobre a hipnose durante o trabalho de parto como “uma sensação de alívio e consolo, autoconfiança, satisfação, diminuição do medo do parto natural, diminuição do cansaço e da ansiedade.” Ainda, expressaram maior concentração no trabalho do útero. Demonstraram, inegavelmente, consciência de todos os estágios do trabalho de parto e pensamentos positivos. Os partos foram portanto percebidos como sendo muito satisfatórios em comparação com suas experiências anteriores.


Experiência mais confortável e positiva

O estudo realizado por Finlayson et al (2015) demonstra que as grávidas que fizeram auto-hipnose relataram experiências inesperadamente positivas durante o parto e nascimento e, em alguns casos, o ceticismo inicial deu lugar á confiança e crença na técnica. A pesquisa comparou as experiências de parto de 200 grávidas. Metade fez um curso tradicional de preparação para o parto enquanto a outra metade usou técnicas de de Hypnobirthing. As mães que usaram Hypnobirthing relatam que a experiência foi mais confortável e positiva. Tiveram também menos intervenções e mais apoio do(a) parceiro(a) de nascimento.

Conclui-se também que as técnicas aprendidas e desenvolvidas com o Hypnobirthing assumem-se como importantes estratégias de coping face às imprevisibilidades do parto ou perante eventuais complicações no decurso do mesmo (Phillips-Moore, 2012).


Referências bibliográficas:

  • Abbasi M., Ghazi F., Barlow-Harrison A., Sheikhvatan M, Mohammadyari F. (2009) The effect of hypnosis on pain relief during labor and childbirth in Iranian pregnant women. Int J Clin Exp Hypn. 2009 Apr;57(2):174-83. doi: 10.1080/00207140802665435. PMID: 19234965.
  • Beebe KR. (2014) Hypnotherapy for labor and birth. Nurs Womens Health. 2014 Feb-Mar;18(1):48-59. doi: 10.1111/1751-486X.12093. PMID: 24548496.
  • Borges O., Samara M., Gomes da Silva J., Lourival, O., Nicolau A., (2014) Avaliação da efetividade de métodos não farmacológicos no alívio da dor do parto. Rev Rene . 2014, 15(1), 174-184. ISSN: 1517-3852.
  • Borges, R.F. (2017). Efeitos das técnicas de relaxação em crianças: uma revisão sistemática.[Dissertação de Mestrado em Psicomotricidade Relacional. Universidade de Évora]. http://hdl.handle.net/10174/22385
  • Cyna, A., McAuliffe, G & Andrew, M. (2004). Hypnosis for pain relief in labour and childbirth: a systematic review. British Journal of Anaesthesia. Volume 93, Issue 4, October 2004, Pages 505–511, https://doi.org/10.1093/bja/aeh225
  • Einion A. (2016)- A. Hypnosis and hypnobirthing for labour – a critical selective narrative review. Pract Midwife. 2016 Dec;19(11):25-7. PMID: 30462462.
  • Ferreira, S. (2017). Hipnose: Uma Estratégia de Alívio da Dor no Trabalho de Parto, Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia. Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
  • Field T., (2008) Pregnancy and labor alternative therapy research. Altern Ther Health Med. 2008 Sep-Oct;14(5):28-34. PMID: 18780582.
  • Phillips-Moore, J. (2012). Birthing outcomes from an Australian HypnoBirthing programme. British Journal of Midwifery, 20(8), 558-564.
  • Finlayson, K., Downe, S., Hinder, S., Carr, H., Spiby, H. & Whorwell, P. (2015). Unexpected consequences: women’s experiences of a self-hypnosis intervention to help with pain relief during labour. BMC Pregnancy & Childbirth. 15 (229).https://doi.org/10.1186/s12884-015-0659-0
  • Graves, K. (2013). Are hypnobirthing techniques effective?. Journal of Family Health Care, 23(4), 30-32.PMID: 23914611.
  • Hartman, D., Zimberoff, D., (2011). “Hypnosis and hypnotherapy in the milieu of integrative medicine: healing the mind/body/spirit.” Journal of Heart Centered Therapies, vol. 14, no. 1, spring 2011, pp. 41+. Gale OneFile: Health and Medicine, link.gale.com/apps/doc/A273785419/HRCA?u=anon~d8f04878&sid=googleScholar&xid=08338326.
  • Jones L, Othman M, Dowswell T, Alfirevic Z, Gates S, Newburn M, et al. (2015) Pain management for women in labour: an overview of systematic reviews. Cochrane Database Syst Rev. 2012;3(Issue 3):CD009234.
  • Jones 2016- Jones, T. G., Handford, S, Hypnobirth, Evidence, practice and suport for birth Professionals. Abingdon, New York, p.7.
  • Mehl-Madrona LE. (2004), Hypnosis to facilitate uncomplicated birth. Am J Clin Hypn. 2004 Apr;46(4):299-312. doi: 10.1080/00029157.2004.10403614. PMID: 15190731.
  • Neubern, M., (2009). Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e qualitativa de estudo. Psico. 14 (2), 201-209 DOI:10.1590/S1413-82712009000200009
  • Osório, S., Júnior, L. & Nicolau, A. (2014). Avaliação da efectividade de métodos não farmacológicos no alívio da dor do parto. Revista Rene, 15 (1), 174-184.
  • VandeVusse L, Irland J, Healthcare WF, Berner MA, Fuller S, Adams D. (2009), Hypnosis for childbirth: a retrospective comparative analysis of outcomes in one obstetrician’s practice. Am J Clin Hypn. 2007 Oct;50(2):109-19. doi: 10.1080/00029157.2007.10401608. PMID: 18030923.
  • Werner, A., Uldbjerg, N., Zachariae, R., Rosen, G. and Nohr, E. (2013a) Selfhypnosis for coping with labour pain: a randomised controlled trial. BJOG, 120, 346-353- doi: 10.1111/1471-0528.12087. Epub 2012 Nov 27. PMID: 23190251.
  • Royal Wolverhampton Hospitals NHS Trust. (2012) Presentation to the Royal Society of Medicine

    Fonte da imagem: site tendencee.com.br

Prevenir a depressão pós-parto

A depressão pós-parto vai além de uma simples tristeza passageira. É uma doença que afeta entre 20 a 35% das mulheres e 4% dos homens.* É urgente e importante prevenir a depressão pós-parto e tratá-la.

Esta doença rouba à mãe a oportunidade de desfrutar de um momento único da sua vida e também pode afetar o bem-estar do seu bebé.
Os sintomas aparecem nos primeiros três meses após o parto. Podem ir até aos 18 meses, e são muito parecidos aos de uma depressão major.

Quais os sinais da depressão pós-parto?

A irritabilidade e choro fácil aliada à tristeza prolongada e falta de energia são os mais visíveis. Como resultado, a depressão pós-parto incapacita a mulher na realização das tarefas do dia a dia. Leva-a também a sentir culpa, vergonha ou fracasso.

Afeta a relação com o bebé, com algum desinteresse ou uma ansiedade exagerada pelo seu estado de saúde. Está, muitas vezes, associada com baixa autoestima e perda de confiança. Traz com ela dificuldade de concentração, falta de atenção e perda de memória. Pode originar alterações do apetite e do sono e ser acompanhada de ideias de morte ou suicídio.

Muito descanso, atenção e carinho são os melhores “remédios”. A família tem um papel importante, sobretudo na prevenção da depressão pós parto .

Embora as alterações hormonais estejam relacionadas com as alterações do humor, a depressão pós-parto é uma junção de vários fatores biológicos, psicológicos, familiares e socioeconómicos.

Está demonstrado que um dos principais precursores da depressão pós-parto é a ansiedade que está associada à gravidez. É, certamente, nesta fase que podem aparecer os os primeiros sinais de depressão pós-parto .

Felizmente, é possível prevenir a depressão pós-parto e é tratável. A mãe recupera a sua saúde e bem-estar com alguma facilidade. No entanto, é importante que seja logo diagnosticada e tratada.
Afinal, o papel da família é fundamental, deve estar atenta aos sinais e ajudar a mãe nesta fase tão sensível do pós-parto. Muito descanso, atenção e carinho são os melhores “remédios” para prevenir a depressão pós-parto e a família tem um papel importante nesta prevenção.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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  • Segundo estudo norte-americano de 2010, no Archives of Pediatric & Adolescent Medicine
parto e animais
O exemplo dos animais no parto

Um dos exercícios que peço ás famílias que acompanho é observar o nascimento de um mamífero, qualquer um…
Isto, para que percebam o exemplo dos animais no parto.

Todos os mamíferos têm as mesmas necessidades básicas durante o parto:
– Segurança (sentir-se protegido)
– Intimidade (estar resguardado e não ser observado)
– Tranquilidade

Por exemplo, no caso dos cães e dos gatos, até pode fazer uma caminha confortável, para que tenham lá os seus filhotes. Contudo, o mais provável, é que os tenham debaixo da cama ou de uma mesa, ou até atrás da porta.
Em qualquer sítio onde se sintam protegidos e escondidos.

Outro aspeto interessante é que não vê nenhum mamífero a dar à luz em aflição ou stress. Estão sempre recolhidos, escondidos, concentrados e a seguir o seu instinto. Nenhum animal frequentou um curso para aprender a parir, ninguém os ensinou.
Eles sabem, instintivamente, intuitivamente o que fazer.

E afinal, não somos todos mamíferos? 

Os humanos também têm instintos e foram programados para saber parir mas, infelizmente, alimentam a parte consciente e racional da mente, esquecendo a parte mais animal, onde estão os instintos.
Na maioria das vezes, pomos em causa e duvidamos da nossa capacidade inata de dar a luz. Essa capacidade nasceu connosco e tem milénios de evolução da raça.
É importante valorizar os instintos, eles existem, estão em cada um de nós e são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

É importante valorizar os instintos, eles existem, estão em cada um de nós e são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

As mães têm as mesmas necessidades dos restantes mamíferos e também procuram, como os animais, um local onde se sintam seguras e pouco observadas. Certamente, este último facto pode fazer a diferença entre um nascimento rápido e lento.
O nascimento é um ato que requer privacidade.
Imagine ser observada enquanto vai à casa de banho, por exemplo. Iria sentir descontraída e à vontade?
Ou quando está a fazer amor?
Claro que não. E por todas estas razões, o ambiente é importantíssimo para o bom desenvolvimento do nascimento.

O ambiente é crucial

Tal como acontece com os restantes mamíferos, é crucial criar este ambiente tranquilo para a mãe porque quando não estamos totalmente confortáveis, o corpo fica em alerta. Muitas pessoas ficam obstipadas quando viajam ou nem conseguem dormir descansados na primeira noite num hotel, por exemplo. Sempre que nos encontramos num ambiente estranho somos afetados pelo stress, seja num nível elevado ou apenas uma ligeira tensão.

Desta forma, é necessário evitar e minimizar ao máximo o stress provocado por ambientes desconhecidos e ajustar o ambiente para o nascimento.

Percebe agora a importância do ambiente onde a mãe se prepara para a vinda do seu bebé?
Recorde-se que é imprescindível que se sinta protegida, resguardada e em segurança para que tudo aconteça naturalmente e comodamente.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem: fonte alvitrando.blogs.sapo.pt

O que é o parto humanizado

Ainda há defina um parto humanizado como um nascimento na água, rodeada de música ambiente, luzes suaves, na tranquilidade do lar.
Pode ser uma das imagens mas, o parto humanizado pode decorrer no hospital ou em casa, com ou sem ajuda química, com ou sem acompanhante…

Isto, porque um parto humanizado tem a mãe e o bebé como figura central.
Na minha opinião, o parto humanizado é um parto onde a mãe tem todas as condições para parir de forma natural, sem intervenções desnecessárias. É um parto que respeita a mulher e lhe dá todas as condições para trazer o seu bebé, no seu tempo, à sua vontade e nas suas condições.

Conhecimento e empoderamento

Na sociedade atual, há alguma tendência em usar fármacos que aceleram e modificam o curso do parto. No entanto ainda há tantas mães que desconhecem este processo. Para elas é natural, pois não conhecem a fisiologia do parto, as suas particularidades físicas e emocionais, e muito menos as suas próprias capacidades.
Assim, o primeiro passo para um parto humanizado é informar e empoderar a mulher. Só assim, ela toma consciência da sua capacidade o do seu poder.

É importantíssimo que conheça os seus medos e que os trabalhe durante a gravidez, para que confie no seu corpo e em todo o processo. A informação e conhecimento vai ajudá-la a preparar o momento do nascimento de forma consciente e responsável. Poderá assim respeitar a sua natureza durante a gravidez e no trabalho de parto.

Em qualquer circunstância de parto, se a grávida (ou casal) for respeitada como pessoa e nas suas escolha e se se sentir a protagonista do seu parto, o nascimento irá decorrer com dignidade e respeito.

Um nascimento humanizado, para mim, é só isto:
a oportunidade de viver a experiência de nascimento da forma mais natural possível, com muito respeito pela mãe e pelo bebé.

O nascimento é um momento de amor e respeito, afinal é a chegada de um bebé ao mundo.

Se todos os que vivem e testemunham esta obra da natureza, sejam intervenientes, acompanhantes ou profissionais, desempenharem o seu papel com o respeito e o amor que este evento merece, o parto será certamente humanizado.

E é URGENTE humanizar o parto!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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A mente acredita e o corpo faz

Diz-se frequentemente que “quando a mente acredita, o corpo faz” . Está provado que as palavras, os pensamentos e as emoções provocam determinadas reações corporais.

Um pensamento gera uma emoção que, por sua vez, provoca uma sensação. Também as palavras provocam uma reação no seu corpo, afetando o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Um exemplo prático na grávida: sob stress e ansiedade produz mais Adrenalina e Cortisol. Em contrapartida, quando está calma produz mais Ocitocina e Endorfinas, hormonas necessárias e benéficas ao trabalho de parto. 

Em que pensas quando está grávida?

A maioria das mulheres acredita que o parto é um momento de grande sofrimento, mesmo as que nunca passaram pela experiência.
Com esta crença enraizada, a grávida está, inconscientemente, a dar indicações ao seu corpo de que o parto representa um eventual perigo físico.

Mediante estes pensamentos, o corpo irá reagir de acordo com a informação. Acreditando num eventual perigo, produzirá as hormonas do “Stress”, a Adrenalina e Cortisol .
Por este motivo é tão importante preparar a sua mente enquanto gera o seu bebé. Surpreendentemente, controlar os pensamentos e gerir as emoções ajuda a ter uma gravidez mais saudável e a preparar melhor o parto.

Acredite, e faça!

Os exercícios de Hypnobirthing são uma boa forma de trabalhar com a sua mente. Com eles, retira as crenças de sofrimento associadas ao parto conseguindo, assim, desfrutar da experiência. Afinal, trazer uma vida ao mundo, é um momento único de revelação extraordinária!

Quando se cuida emocionalmente encontra mais paz e serenidade. Tudo flui melhor. E reflete-se no aspeto físico, com uma imunidade melhorada e saúde fortalecida. 


A preparação da mente para o nascimento é a base do Hypnobirthing, saiba mais no nosso site, Facebook e Instagram

Respirar bem durante o parto

Quando estamos nervosos, temos tendência a ter uma respiração entrecortada, rápida, curta e pouco profunda. A respiração Ascendente é uma técnica de Hypnobirthing para ajudar a respirar bem durante o parto. Serve para criar espaço, maximizar a capacidade pulmonar e a quantidade de oxigénio que entra no corpo.

Esta é uma respiração para a primeira fase do parto, contudo não é exclusiva do Hypnobirthing. Usa-se no Yoga, Mindfulness e pode ser benéfica em muitas outras ocasiões da nossa vida.

Como combate a ansiedade e é muito útil para insónias, por exemplo. Pode usá-la sempre que necessitar de se acalmar, mesmo após a gravidez. No meu caso, utilizo-a sempre antes de iniciar uma sessão ou quando quero relaxar rapidamente.

Veja aqui um filme demonstrativo de como se faz esta respiração:

Esta é uma das mais importantes técnicas de Hypnobirthing: a respiração Ascendente, que promove uma boa oxigenação do corpo e a ajuda a acalmar. Essa é a razão pela qual a deve treinar diariamente.

No início, gostaria que imaginasse que os seus pulmões são como um jarro de água que vai enchendo de baixo para cima. Assim, quando começa a respirar, imagine que está a encher esse jarro de baixo (desde o diafragma) até acima e expira quando o jarro estiver bem cheio.

Sempre que treina, faça conjuntos de 4 repetições.

E porquê?
Para começar a preparar-se para o parto pois sabemos que cada onda uterina dura entre 45 segundos a 1 minuto, no máximo. Mesmo sabendo que cada mãe tem o seu ritmo, por norma, a onda uterina termina na 4ª repetição desta respiração, seguindo-se de um período de descanso.

Recorde-se também que cada onda uterina é “um meio de  transporte” para o seu bebé. Portanto, a cada uma que passa, está mais próxima de o conhecer e ter nos seus braços. Assim, acolha e entregue-se a cada nova onda uterina, sabendo que o seu trabalho é deixar fluir, respirar, respirar, respirar, respirar… e finalmente descansar e relaxar.

Na segunda parte do parto (fase Descendente ou Expulsiva) usa-se outra respiração totalmente diferente. Chama-se a respiração Descendente e ajuda o bebé a descer pelo canal de parto. Não a vou explicar aqui pois requer alguns cuidados e só a deve fazer se estiver com acompanhamento.

Creio que nesta altura já entendeu a importância de se manter calma para potenciar a produção de Ocitocina.
Por isso, respire!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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