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Quais músicas escolher para te acompanhar no parto

Quais as músicas que deves escolher para te acompanhar no parto? Todas as músicas emocionais, que te transportam para uma emoção de alegria e satisfação.


E desengana-te se pensas que só deves levar músicas “zen” muito calminhas. Escolhe músicas que “mexem” contigo e te dão prazer, independentemente do ritmo. Até porque vai saber-te bem ouvir vários ritmos de acordo com a fase do parto em que estás.

Aqui ficam algumas músicas que as mães que acompanho usaram para receber os seus bebés. São escolhas das mães e lembro que a escolha da música è algo muito pessoal e de acordo com o que te faz sentir bem.
– Alexia Chellun | The Power Is Here Now
-Carolina Deslandes – A Vida Toda
– Isadora Canto – Reconhecimento
– Isadora Canto – Nascer
– Canto com Gestantes – Música “Gestando a vida”
– Heritage of Queens and Kings

Nascimento da Bianca, relato de parto com Hypnobirthing

Aqui fica o relato de parto com Hypnobirthing da Núria, mãe de segunda viagem, que me procurou sabendo que a unidade de saúde e os profissionais que a acompanhavam poderiam não adotar as práticas mais humanizadas e atualizadas. Assim, preparou-se para saber gerir o melhor possível a situação e ter uma experiência de parto positiva, mesmo em condições que se adivinhavam altamente desafiantes. Este é o seu relato de parto* com Hypnobirthing sobre o nascimento da Bianca.

“Gostava de partilhar consigo como foi o parto: tive a sorte de ter uma enfermeira-anjo que me foi compreendendo e defendendo, até sair do seu turno.

Permitiu-me caminhar pelos corredores depois do comprimido para a dilatação, sem soro, e nessa altura, numa das minhas idas à wc, às 13h30, rebentaram-se as águas de uma forma tão tranquila e eu só dizia que estava tão feliz ?

Eu só rezava que a cesariana que ele tinha que fazer, o entretesse!


Depois a enfermeira disse que tinha que me pôr no CTG de novo mas falou em voltar a caminhar (não voltei).
Comecei a ficar com contrações, supostamente fortes e mais regulares, fiz as respirações, sem sentir dor absolutamente nenhuma!
Depois o médico veio observar e afinal a bolsa tinha rompido apenas um pouco e quis acabar de a romper (eu bem tentei que não), não foi doloroso, eram 15h15.
Eu disse que queria que se desenrolasse de forma mais natural mas ele estava com pressa e eu só rezava para que a cesariana que ele tinha que fazer, o entretivesse !

Ouvi as meditações do Hypnobirthing, respirei, rezei, ouvi outras meditações e músicas de relaxamento.

Colocaram-me a Ocitocina sem eu perceber, só percebi quando o médico veio e perguntou porque é que tinham reduzido a dose. As contrações foram ficando cada vez mais dolorosas (claro, processo artificial) e quando senti que ia ser difícil aguentar, pedi Epidural, ate lá as respirações, estavam um bocado intensas demais e a enfermeira lá me lembrava para fazer uma respiração mais suave.
Fez efeito, sentia as pernas, apesar de algum formigueiro, mas do lado direito acho que não pegou a 100% e eu sentia alguma dor.
Durante todo este tempo, tanto no CTG antes de caminhar quando depois de voltar ao CTG após as águas me terem rebentado, ouvi as meditações do Hypnobirthing, respirei, rezei, ouvi outras meditações e músicas de relaxamento.
Passado pouco tempo da Epidural, comecei a sentir um mau estar insuportável (foi a única parte que custou mais), não sabia como havia de estar, só me apetecia subir paredes, percebi que haveria de estar para breve pelas reações das enfermeiras.

E ela saiu, num momento maravilhoso, quase orgaásmico!


E assim foi, levaram-me para outra sala e o médico disse para fazer força quando viesse uma contratação. Acho que fiz força umas 6 vezes, tive que levar episiotomia (apesar de não querer, o médico disse que poderia rasgar, sendo uma bebé tão grande – 3870kg e 49cm) e ela saiu, num momento maravilhoso, quase orgásmico!
Foi maravilhoso ver a minha filha pela primeira vez e, apesar das intervenções desnecessárias, foi um parto muito tranquilo! Fiquei muito feliz, mesmo.

Apesar das intervenções desnecessárias, foi um parto muito tranquilo!


A Bianca é uma bebé super tranquila e estamos muito felizes aqui em casa.
Muito obrigada por todo o seu apoio e ajuda, foi muito importante e com toda a certeza que ajudou a ter um parto tão bom, que nunca pensei conseguir! “


Obrigada querida Núria, dentro das limitações existentes, fico feliz que tenha conseguido evitar tantas outras situações que tínhamos previsto e tido a melhor experiência possível. Lamento que nesse hospital ainda existam profissionais que adotem este tipo de práticas e sejam tão pouco humanos. Lá chegaremos!


* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

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Relato de parto da Madalena, com Hypnobirthing

A Madalena já começou o programa Intensivo mais tarde que o habitual. Mesmo assim, aproveitou o tempo para se preparar o melhor possível. O Francisco resolveu assumir a posição pélvica e ela “trabalhou” muito com ele para que voltasse à posição mais usual de nascimento. Internada para realizar a Cesariana, verificou que já estava de novo posicionado para o parto vaginal e voltou para casa. Foram vários desafios, em plena pandemia e este é o seu relato de parto* com Hypnobirthing.


“Iniciei o hypnobirthing às 36 semanas e logo no primeiro dia que pus em prática os áudios, passei a dormir a noite toda.
Para além disso, e de me proporcionar uma tranquilidade durante a gravidez, às 39 semanas através de visualizações, consegui que o meu filho, que entretanto se tinha sentado novamente, desse a volta e se posicionasse para ter um parto normal, mesmo tendo já cerca de 3,5kg.

Quando cheguei ao hospital para fazer a cesariana tive essa incrível surpresa de que ele tinha dado a volta e ao fim de uma semana ele escolheu nascer.


Quando cheguei ao hospital para fazer a cesariana tive essa incrível surpresa de que ele tinha dado a volta e ao fim de uma semana ele escolheu nascer.
Durante o trabalho de parto estava sozinha num quarto com a máscara e os áudios e a voz da Maria foram a minha companhia. A Maria tem uma voz muito tranquila e que dá muita confiança. Os áudios que mais ouvi foram o lugar seguro, 1,2,3 relaxa e as ondas de amor.
Gostei do empoderamento, do esclarecimento do que é um parto natural e respeitado. Gostei de ter o apoio da Maria que foi muito querida e esteve sempre disponível.
A técnica em si permite ter um parto mais célere e com menor dor. Quando cheguei ao hospital tinha 5 dedos de dilatação e tinha umas dores muito suportáveis.

Tive o meu filho de forma natural às 40s+4d, sem ajudas, sem induções, sem episiotomia, de forma muito tranquila e confiante.


Sem dúvida recomendo o Hypnobirthing para quem está grávida e pensa em ter um parto normal. Seja primeiro filho ou não. Eu tive um segundo filho e ajudou-me imenso a eliminar medos de parto normal e tudo correu lindamente.
Tive o meu filho de forma natural às 40s+4d, sem ajudas, sem induções, sem episiotomia, de forma muito tranquila e confiante.
O Francisco é menino muito tranquilo. Tão tranquilo que às vezes estranho se é normal.
Será do hypnobirthing? Não sei mas fica aqui a nota.
Muito obrigada, a Maria é uma pessoa que nunca vou esquecer na minha vida.
Um beijinho grande e continue a fazer esse trabalho maravilhoso.”


Obrigada pela confiança, querida Madalena, foi um desafio daqueles!


* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

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Prevenir a depressão pós-parto

A depressão pós-parto vai além de uma simples tristeza passageira. É uma doença que afeta entre 20 a 35% das mulheres e 4% dos homens.* É urgente e importante prevenir a depressão pós-parto e tratá-la.

Esta doença rouba à mãe a oportunidade de desfrutar de um momento único da sua vida e também pode afetar o bem-estar do seu bebé.
Os sintomas aparecem nos primeiros três meses após o parto. Podem ir até aos 18 meses, e são muito parecidos aos de uma depressão major.

Quais os sinais da depressão pós-parto?

A irritabilidade e choro fácil aliada à tristeza prolongada e falta de energia são os mais visíveis. Como resultado, a depressão pós-parto incapacita a mulher na realização das tarefas do dia a dia. Leva-a também a sentir culpa, vergonha ou fracasso.

Afeta a relação com o bebé, com algum desinteresse ou uma ansiedade exagerada pelo seu estado de saúde. Está, muitas vezes, associada com baixa autoestima e perda de confiança. Traz com ela dificuldade de concentração, falta de atenção e perda de memória. Pode originar alterações do apetite e do sono e ser acompanhada de ideias de morte ou suicídio.

Muito descanso, atenção e carinho são os melhores “remédios”. A família tem um papel importante, sobretudo na prevenção da depressão pós parto .

Embora as alterações hormonais estejam relacionadas com as alterações do humor, a depressão pós-parto é uma junção de vários fatores biológicos, psicológicos, familiares e socioeconómicos.

Está demonstrado que um dos principais precursores da depressão pós-parto é a ansiedade que está associada à gravidez. É, certamente, nesta fase que podem aparecer os os primeiros sinais de depressão pós-parto .

Felizmente, é possível prevenir a depressão pós-parto e é tratável. A mãe recupera a sua saúde e bem-estar com alguma facilidade. No entanto, é importante que seja logo diagnosticada e tratada.
Afinal, o papel da família é fundamental, deve estar atenta aos sinais e ajudar a mãe nesta fase tão sensível do pós-parto. Muito descanso, atenção e carinho são os melhores “remédios” para prevenir a depressão pós-parto e a família tem um papel importante nesta prevenção.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
Mais publicações no website , no Facebook e Instagram

  • Segundo estudo norte-americano de 2010, no Archives of Pediatric & Adolescent Medicine
parto e animais
O exemplo dos animais no parto

Um dos exercícios que peço ás famílias que acompanho é observar o nascimento de um mamífero, qualquer um…
Isto, para que percebam o exemplo dos animais no parto.

Todos os mamíferos têm as mesmas necessidades básicas durante o parto:
– Segurança (sentir-se protegido)
– Intimidade (estar resguardado e não ser observado)
– Tranquilidade

Por exemplo, no caso dos cães e dos gatos, até pode fazer uma caminha confortável, para que tenham lá os seus filhotes. Contudo, o mais provável, é que os tenham debaixo da cama ou de uma mesa, ou até atrás da porta.
Em qualquer sítio onde se sintam protegidos e escondidos.

Outro aspeto interessante é que não vê nenhum mamífero a dar à luz em aflição ou stress. Estão sempre recolhidos, escondidos, concentrados e a seguir o seu instinto. Nenhum animal frequentou um curso para aprender a parir, ninguém os ensinou.
Eles sabem, instintivamente, intuitivamente o que fazer.

E afinal, não somos todos mamíferos? 

Os humanos também têm instintos e foram programados para saber parir mas, infelizmente, alimentam a parte consciente e racional da mente, esquecendo a parte mais animal, onde estão os instintos.
Na maioria das vezes, pomos em causa e duvidamos da nossa capacidade inata de dar a luz. Essa capacidade nasceu connosco e tem milénios de evolução da raça.
É importante valorizar os instintos, eles existem, estão em cada um de nós e são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

É importante valorizar os instintos, eles existem, estão em cada um de nós e são um recurso valiosíssimo para o nascimento.

As mães têm as mesmas necessidades dos restantes mamíferos e também procuram, como os animais, um local onde se sintam seguras e pouco observadas. Certamente, este último facto pode fazer a diferença entre um nascimento rápido e lento.
O nascimento é um ato que requer privacidade.
Imagine ser observada enquanto vai à casa de banho, por exemplo. Iria sentir descontraída e à vontade?
Ou quando está a fazer amor?
Claro que não. E por todas estas razões, o ambiente é importantíssimo para o bom desenvolvimento do nascimento.

O ambiente é crucial

Tal como acontece com os restantes mamíferos, é crucial criar este ambiente tranquilo para a mãe porque quando não estamos totalmente confortáveis, o corpo fica em alerta. Muitas pessoas ficam obstipadas quando viajam ou nem conseguem dormir descansados na primeira noite num hotel, por exemplo. Sempre que nos encontramos num ambiente estranho somos afetados pelo stress, seja num nível elevado ou apenas uma ligeira tensão.

Desta forma, é necessário evitar e minimizar ao máximo o stress provocado por ambientes desconhecidos e ajustar o ambiente para o nascimento.

Percebe agora a importância do ambiente onde a mãe se prepara para a vinda do seu bebé?
Recorde-se que é imprescindível que se sinta protegida, resguardada e em segurança para que tudo aconteça naturalmente e comodamente.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Imagem: fonte alvitrando.blogs.sapo.pt

O que é o parto humanizado

Ainda há defina um parto humanizado como um nascimento na água, rodeada de música ambiente, luzes suaves, na tranquilidade do lar.
Pode ser uma das imagens mas, o parto humanizado pode decorrer no hospital ou em casa, com ou sem ajuda química, com ou sem acompanhante…

Isto, porque um parto humanizado tem a mãe e o bebé como figura central.
Na minha opinião, o parto humanizado é um parto onde a mãe tem todas as condições para parir de forma natural, sem intervenções desnecessárias. É um parto que respeita a mulher e lhe dá todas as condições para trazer o seu bebé, no seu tempo, à sua vontade e nas suas condições.

Conhecimento e empoderamento

Na sociedade atual, há alguma tendência em usar fármacos que aceleram e modificam o curso do parto. No entanto ainda há tantas mães que desconhecem este processo. Para elas é natural, pois não conhecem a fisiologia do parto, as suas particularidades físicas e emocionais, e muito menos as suas próprias capacidades.
Assim, o primeiro passo para um parto humanizado é informar e empoderar a mulher. Só assim, ela toma consciência da sua capacidade o do seu poder.

É importantíssimo que conheça os seus medos e que os trabalhe durante a gravidez, para que confie no seu corpo e em todo o processo. A informação e conhecimento vai ajudá-la a preparar o momento do nascimento de forma consciente e responsável. Poderá assim respeitar a sua natureza durante a gravidez e no trabalho de parto.

Em qualquer circunstância de parto, se a grávida (ou casal) for respeitada como pessoa e nas suas escolha e se se sentir a protagonista do seu parto, o nascimento irá decorrer com dignidade e respeito.

Um nascimento humanizado, para mim, é só isto:
a oportunidade de viver a experiência de nascimento da forma mais natural possível, com muito respeito pela mãe e pelo bebé.

O nascimento é um momento de amor e respeito, afinal é a chegada de um bebé ao mundo.

Se todos os que vivem e testemunham esta obra da natureza, sejam intervenientes, acompanhantes ou profissionais, desempenharem o seu papel com o respeito e o amor que este evento merece, o parto será certamente humanizado.

E é URGENTE humanizar o parto!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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A mente acredita e o corpo faz

Diz-se frequentemente que “quando a mente acredita, o corpo faz” . Está provado que as palavras, os pensamentos e as emoções provocam determinadas reações corporais.

Um pensamento gera uma emoção que, por sua vez, provoca uma sensação. Também as palavras provocam uma reação no seu corpo, afetando o seu sistema nervoso, endócrino e imunitário.

Um exemplo prático na grávida: sob stress e ansiedade produz mais Adrenalina e Cortisol. Em contrapartida, quando está calma produz mais Ocitocina e Endorfinas, hormonas necessárias e benéficas ao trabalho de parto. 

Em que pensas quando está grávida?

A maioria das mulheres acredita que o parto é um momento de grande sofrimento, mesmo as que nunca passaram pela experiência.
Com esta crença enraizada, a grávida está, inconscientemente, a dar indicações ao seu corpo de que o parto representa um eventual perigo físico.

Mediante estes pensamentos, o corpo irá reagir de acordo com a informação. Acreditando num eventual perigo, produzirá as hormonas do “Stress”, a Adrenalina e Cortisol .
Por este motivo é tão importante preparar a sua mente enquanto gera o seu bebé. Surpreendentemente, controlar os pensamentos e gerir as emoções ajuda a ter uma gravidez mais saudável e a preparar melhor o parto.

Acredite, e faça!

Os exercícios de Hypnobirthing são uma boa forma de trabalhar com a sua mente. Com eles, retira as crenças de sofrimento associadas ao parto conseguindo, assim, desfrutar da experiência. Afinal, trazer uma vida ao mundo, é um momento único de revelação extraordinária!

Quando se cuida emocionalmente encontra mais paz e serenidade. Tudo flui melhor. E reflete-se no aspeto físico, com uma imunidade melhorada e saúde fortalecida. 


A preparação da mente para o nascimento é a base do Hypnobirthing, saiba mais no nosso site, Facebook e Instagram

Respirar bem durante o parto

Quando estamos nervosos, temos tendência a ter uma respiração entrecortada, rápida, curta e pouco profunda. A respiração Ascendente é uma técnica de Hypnobirthing para ajudar a respirar bem durante o parto. Serve para criar espaço, maximizar a capacidade pulmonar e a quantidade de oxigénio que entra no corpo.

Esta é uma respiração para a primeira fase do parto, contudo não é exclusiva do Hypnobirthing. Usa-se no Yoga, Mindfulness e pode ser benéfica em muitas outras ocasiões da nossa vida.

Como combate a ansiedade e é muito útil para insónias, por exemplo. Pode usá-la sempre que necessitar de se acalmar, mesmo após a gravidez. No meu caso, utilizo-a sempre antes de iniciar uma sessão ou quando quero relaxar rapidamente.

Veja aqui um filme demonstrativo de como se faz esta respiração:

Esta é uma das mais importantes técnicas de Hypnobirthing: a respiração Ascendente, que promove uma boa oxigenação do corpo e a ajuda a acalmar. Essa é a razão pela qual a deve treinar diariamente.

No início, gostaria que imaginasse que os seus pulmões são como um jarro de água que vai enchendo de baixo para cima. Assim, quando começa a respirar, imagine que está a encher esse jarro de baixo (desde o diafragma) até acima e expira quando o jarro estiver bem cheio.

Sempre que treina, faça conjuntos de 4 repetições.

E porquê?
Para começar a preparar-se para o parto pois sabemos que cada onda uterina dura entre 45 segundos a 1 minuto, no máximo. Mesmo sabendo que cada mãe tem o seu ritmo, por norma, a onda uterina termina na 4ª repetição desta respiração, seguindo-se de um período de descanso.

Recorde-se também que cada onda uterina é “um meio de  transporte” para o seu bebé. Portanto, a cada uma que passa, está mais próxima de o conhecer e ter nos seus braços. Assim, acolha e entregue-se a cada nova onda uterina, sabendo que o seu trabalho é deixar fluir, respirar, respirar, respirar, respirar… e finalmente descansar e relaxar.

Na segunda parte do parto (fase Descendente ou Expulsiva) usa-se outra respiração totalmente diferente. Chama-se a respiração Descendente e ajuda o bebé a descer pelo canal de parto. Não a vou explicar aqui pois requer alguns cuidados e só a deve fazer se estiver com acompanhamento.

Creio que nesta altura já entendeu a importância de se manter calma para potenciar a produção de Ocitocina.
Por isso, respire!

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
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Treinar e preparar o parto

A consistência em treinar as técnicas é a chave do sucesso do Hypnobirthing . E porque é tão importante treinar e preparar o parto?

Costumo dizer que o Hypnobirthing funciona com todas as mulheres mas não é para todas as mulheres. Isto porque requer um compromisso de aprendizagem e prática, quase diária no final da gravidez.
Vamos perceber a razão: simplificando ao máximo, imagine um iceberg, sendo que a mente consciente é o topo e o subconsciente e o inconsciente é a imensa parte de baixo do iceberg.

A maior parte das técnicas de Hypnobirthing foram desenhadas para trabalhar com a parte de baixo do iceberg, ou seja, diretamente com o seu inconsciente.

É nesta parte de baixo que estão guardadas todas as suas crenças, memórias e vivências. Todas as imagens e filmes que viu, as conversas e relatos que ouviu, as crenças que lhe incutiram desde pequena e que formou sobre o parto.

Ao longo da gravidez estas crenças e receios vão sendo libertados e trabalhados, dando-lhes novos significados. Por isso, é tão importante a prática regular e uma das razões pelas quais este método é tão eficaz.

Criar automatismos

O treino também permite o “automatismo”. Recorde-se do estado em que fica quando vai a conduzir, e se distrai a pensar na vida: vai de um ponto a outro e não se recorda do caminho que seguiu porque estava “em automático”.
O treino desenvolve os automatismos necessários para deixar o seu corpo trabalhar, automaticamente, sabendo, instintivamente, o que fazer.

Assim, quando não tem tempo ou vontade de fazer a meditação, pratique a respiração, leia um relato de parto positivo, faça umas afirmações e visualizações mentais. O importante é incorporar estas pequenas técnicas regularmente para alicerçar os automatismos.

Não veja como uma obrigação nem uma carga diária, muito pelo contrário. Estes exercícios são relaxantes e vão ajudar a que se sinta mais positiva e encare o parto com positividade e confiança.

E lembre-se sempre que o seu corpo é maravilhoso e está desenhado na perfeição para produzir o milagre da vida. Assim, admire-se e confie em si e na sua capacidade em dar à luz.

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Imagem Google

A Adrenalina é inimiga do parto

A Adrenalina, uma hormona, completamente indesejada no processo de nascimento, tem efeitos sobre o sistema nervoso, endócrino e imunitário e torna o parto mais lento e mais doloroso. A Adrenalina é assim considerada, a inimiga do parto

Quando temos medo, produzimos Adrenalina e entramos em Modo de Sobrevivência. Neste estado, os músculos não recebem a irrigação sanguínea necessária porque, no Modo de Sobrevivência, o sangue vai para as extremidades em vez de irrigar o útero. A redução da irrigação sanguínea torna o parto mais difícil, podendo afetar também o bem-estar do bebé. Em alguns casos, pode mesmo levar ao Stress Fetal.

A produção de Adrenalina inibe a produção de Ocitocina e Endorfinas (as hormonas que promovem o bem-estar) criando um desnível hormonal que prejudica o bom desenvolvimento do parto e tornando-o mais doloroso.

Quando o útero trabalha em tensão e é mal irrigado o parto torna-se bem mais difícil e doloroso.

Por todos estes motivos, é muito importante encontrar formas de evitar entrar em Modo de Sobrevivência porque é o responsável pelo aumento da Adrenalina.

Assim, tenha esse objetivo em mente, tanto na gravidez como no parto e, sempre que se sentir tensa, pratique alguns exercícios de relaxamento.

Projetar cenário em relação a situação de pandemia é uma fonte de Adrenalina, daí a importância de se manter ocupada com afazeres que lhe dão prazer para bloquear este tipo de pensamentos e cenários.

Ajuda bastante ter à mão, “um kit de prazer” composto por filmes, livros, música alegres… todo o tipo de coisas que lhe dão prazer e a desviam de pensamentos menos positivos.

Agora que compreende a importância de evitar a tensão, aprenda também uma respiração que ajuda a relaxar e acalmar.